Quantos modelos de placas de carro já foram utilizados no Brasil?
Trouxemos algumas situações envolvendo placas de automóveis no Brasil e as principais mudanças
Você já se perguntou por que existe a placa de carro? Afinal, por que precisamos emplacar nossos veículos? O emplacamento não vale apenas para carros, mas também para motos, ônibus e caminhões e deve ser feito por conta do registro e identificação do veículo.
As placas funcionam como se fossem o RG ou o CPF do veículo. Tanto que multas, ano de fabricação, eventuais sinistros, acidentes ou processos de revenda estão reunidos no histórico desse registro.
O histórico de emplacamento começou no início do séc. XX, em 1901, com a produção nas cores preta ou vermelha, caracteres na cor branca e fornecidas pelas prefeituras.
Em primeiro lugar, nesse período, para veículos de uso particular, as placas continham a letra “P”. Além disso, também usavam letra “A” para identificar veículos alugados. Já sequência de números ia de 1 a 99999.
Essas placas de veículos tinham a validade de 40 anos e, nessa época, era comum encontrar placas iguais em cidades diferentes.
Entretanto, em 1941, houve uma mudança significativa. A sequência numérica simples e a categoria de veículo em cor diferente foram adicionadas às placas de veículos brasileiros.
Durante essa época era possível encontrar placas laranjas, com números pretos. Essas eram para veículos particulares. Já as placas de carro vermelhas, com números brancos, eram usadas em veículos alugados ou de frete.
Em resumo, esse sistema vigorou até o ano de 1969, com o surgimento do sistema alfanumérico. A diferença deste para os sistemas antecessores era o registro de placa por meio da Unidade Federativa.
Ou seja, a partir deste ano, o emplacamento de veículos não era mais feito pelos municípios.
A década de 1990 e as mudanças no emplacamento brasileiro
Na década de 1990, o estado do Paraná foi o primeiro a implantar um novo sistema de placas. Os demais estados utilizaram o novo sistema de forma gradual. Com isso, foi apenas em 1999 que todo o país ficou igual no que diz respeito a emplacamento.
O novo sistema adotou o padrão de três letras e a sequência de 4 números. Dessa forma foi possível criar combinações para emplacar aproximadamente 150 milhões de veículos.
Os padrões também mudaram, veja abaixo:
- Placa com fundo cinza e caracteres pretos: veículos particulares.
- Placa com fundo vermelho e caracteres brancos: veículos de aluguel.
- Placa com fundo branco e caracteres pretos: veículos oficiais.
- Placa com fundo branco e caracteres vermelhos: veículos de aprendizagem.
- Com fundo verde e caracteres brancos: veículos experimentais ou de testes.
- Com fundo azul e caracteres brancos: veículos diplomáticos.
- E por fim, placa com fundo preto e caracteres brancos: veículos de coleção.
Vale ressaltar que a placa cinza e caracteres pretos, extinta após a adoção do padrão Mercosul (veja abaixo), foi utilizada por criminosos e era vendida de forma ilegal.
Quais principais mudanças para as placas do padrão Mercosul?
Inspirada na União Europeia, a unificação das placas de países do Mercosul começou em 2017. O acordo aconteceu entre Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela e claro, o Brasil.
As mudanças ocorreram na combinação alfanumérica. O padrão Mercosul estipulou a combinação entre 4 letras e 3 números, a adição da bandeira do país e do brasão de armas do estado onde o veículo foi registrado.
Atualmente, o sistema em vigor no Brasil se chama Placas de Identificação Veicular (PIV) que na verdade se parece muito com modelo Mercosul, no entanto não possui o brasão de armas do estado de registro do veículo.
Para diferenciar as categorias de veículos em circulação no Brasil, definiram-se cores diferentes para cada tipo de placa:
- Particular: modelo mais comum com a cor dos caracteres preta.
- Comercial: abrange os veículos de aluguel e aprendizagem. Nesse caso, a cor dos caracteres é vermelha.
- Oficial e Representação: exclusiva para veículos de órgãos federal, estaduais e municipais, a cor dos caracteres é azul.
- Diplomático e Consular: utilizada por veículos de corpo consular, assim como órgãos internacionais e embaixadas. Neste modelo, a cor dos caracteres é dourada.
- Especiais = Experiência e Fabricante: a utilização dessa placa ocorre, normalmente por montadoras e oficinas em veículos que estejam passando por testes. No modelo PIV a cor dos caracteres é verde.
- Coleção: placa que identifica veículos com mais de 30 anos de fabricação, que fazem parte de coleção. No modelo PIV, a cor dos caracteres pode ser cinza ou branca.
Ah! E para finalizar: quem tem a placa antiga não precisa se preocupar, pois a troca da placa do veículo para o novo modelo não é obrigatória. Conforme a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a placa antiga segue valendo até o final de sua vida útil. De acordo com a Res. 969/22 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a implantação é obrigatória para o primeiro emplacamento. Além disso, para os veículos que já estão em circulação e que ainda possuem a placa cinza, somente se exige a PIV nos casos de transferência de domicílio de veículos (mudança de estado ou município), mudança de categoria do veículo, furto ou roubo e dano da referida placa. Fica a dica!
Fonte: Portal do Trânsito
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