Existe limite de cilindrada das motocicletas para andar em rodovias?
Dependendo do modelo, o nível de segurança durante a pilotagem pode ser menor; entenda os detalhes.
As motocicletas são verdadeiras aliadas de quem circula nos grandes centros urbanos por ter características como a economia de combustível, o preço mais acessível e a agilidade em relação aos carros. Esses detalhes são os responsáveis por fazer o modelo ideal para locais de trânsito intenso. Já na estrada, a história é um pouco diferente.
Conforme explica o Código de Trânsito Brasileiro, o CTB, com exceção de ciclomotores de até 50 cc e velocidade máxima de 50 km/h, qualquer motocicleta com toda a documentação em dia, como licenciamento, por exemplo, e manutenção correta, pode circular livremente por todo o território nacional. Como exemplo, mesmo sendo um modelo focado no ciclo urbano, a Honda Biz 110i, de 109 cilindradas e 8,3 cv de potência pode circular pelas estradas do Brasil.
No entanto, a própria marca afirma que o uso dessas motocicletas com baixa cilindrada em rodovias cujo limite de velocidade máxima é bem superior ao dos modelos pode ser um tanto quanto perigoso.
O cenário fica complicado quando o piloto necessita de mais força para realizar ultrapassagens e outras atividades que exijam mais potencia do veículo, e no caso de motocicletas de baixa cilindrada, a potencia é restrita.
“Para realizar ultrapassagens com segurança, encarar aclives ou simplesmente manter a velocidade do fluxo do tráfego é recomendado ter reserva de potência, que não está ao alcance das valentes Biz e Pop nestas condições de uso rodoviário. Elas foram projetadas para ambientes urbanos, e o mesmo vale para a scooter Elite 125. Ou seja, nenhuma delas estará à vontade percorrendo longos trajetos em vias rápidas.”
É válido destacar que mesmo com cilindrada e potencia reduzida, os modelos podem circular livremente, no entanto, será necessário um cuidado e atenção a mais do piloto em momentos de ultrapassagens.
Maioria da frota nacional é composta por modelos de baixa cilindrada
É importante destacar que a maioria das motocicletas que compõem a atual frota nacional são de baixa cilindrada, variam entre 100 e 160 cc. Dessa forma, é comum que os modelos sejam avistados em perímetros rodoviários.
Além disso, a marca comenta que a limitação desses modelos na estrada “seria antidemocrático limitar o direito de ir e vir de usuários deste tipo de moto, que muitas vezes dependem unicamente delas para a locomoção pela simples ausência de transporte público em diversas localidades do Brasil.”
Para os que buscam mais segurança, a marca recomenda “Limitar os percursos ao essencial e, se possível, verificar se existem caminhos alternativos, que certamente prolongarão o tempo de viagem, mas podem oferecer maior segurança.”
Fonte: Garagem 360
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